"Encontro
Miró num café. Ele tromba em mim e aproveita a colisão para oferecer seu mais
recente livro, aDeus. Sentamos numa
mesa, ele toma um cafezinho – é o que o dinheiro dá. Eu não peço nada. Estamos
numa manhã de novembro e isso se justifica quando uma folha totalmente amarela
despenca da árvore sobre nós. Conversamos sobre o livro, sobre quem sou, sobre
quem nos tornamos. Nós, os desconhecidos. Quem os desconhecidos se tornam? a
gente se pergunta, cotovelos apoiados na mesa. Desde logo compreendo que Miró
oferece sua poesia a qualquer um com quem tromba. Esbarrar é sua publicidade e
sua fome."
(Clique na ilustração abaixo e leia na íntegra a nova crônica que saiu n´O Salto. Crônica dividida com Miró.)