“Os presídios, mesmo com trabalhos forçados, de primeira,
segunda ou terceira categoria, isto é, em minas, em pavimentações, em artesanato
e em degredo temporário ou perpétuo, longe estão de reformar o delinquente; são
locais puramente de castigo, garantindo teoricamente à sociedade renovação dos
indivíduos que são segregados dela. O encarceramento e o trabalho pesado só
hipertrofiam no recluso o ódio, a sede de instintos, e complementarmente
acarretam indiferença e marasmo espiritual. Não resta dúvida de que o tão
gabado regime de penitenciária oferece resultados falsos, meramente aparentes.
Esgota a capacidade humana, desfibra a alma, avilta, caleja e só oficiosamente
faz do detento “remido” um modelo de sistemas regeneradores. Na verdade esse “reajustado”
não é senão um ex-vivente, um despojo, um casulo murcho e inibido.”
Dostoiévski,
em Recordações da Casa dos Mortos, que já no século XIX entendia que o sistema penitenciário não corrige, educa, ou “ressocializa” ninguém, muito menos nossas crianças e adolescentes. Eu sou contra a redução da maioridade penal. E você?
em Recordações da Casa dos Mortos, que já no século XIX entendia que o sistema penitenciário não corrige, educa, ou “ressocializa” ninguém, muito menos nossas crianças e adolescentes. Eu sou contra a redução da maioridade penal. E você?