Queria transformar o vento. Dar ao vento uma forma concreta e apta a foto. Eu precisava pelo menos de enxergar uma parte física do vento: uma costela, o olho. Mas a forma do vento me fugia que nem aa formas de uma voz. Quando se disse que o vento empurrava a canoa do índio para o barranco Imaginei um vento pintado de urucum a empurrar a canoa do índio para o barranco. Mas essa imagem me pareceu imprecisa ainda. Estava quase a desistir quando me lembrei do menino montado no cavalo do vento - que lera em Shakespeare. Imaginei as crinas soltas do vento a disparar pelos prados com o menino. Fotografei aquele vento de crinas soltas.
https://www.youtube.com/watch?v=wOk2TEU6CHs
ResponderExcluirDiretamente de 1989.
Queria transformar o vento.
ResponderExcluirDar ao vento uma forma concreta e apta a foto.
Eu precisava pelo menos de enxergar uma parte física do vento: uma costela, o olho.
Mas a forma do vento me fugia que nem aa formas de uma voz.
Quando se disse que o vento empurrava a canoa do índio para o barranco
Imaginei um vento pintado de urucum a empurrar a canoa do índio para o barranco.
Mas essa imagem me pareceu imprecisa ainda.
Estava quase a desistir quando me lembrei do menino montado no cavalo do vento - que lera em Shakespeare.
Imaginei as crinas soltas do vento a disparar pelos prados com o menino.
Fotografei aquele vento de crinas soltas.
Manoel de barros.
Dani
aiai, cês dois.
ResponderExcluir<3