1) Um grupo de amigos e eu organizamos uma Feira de Trocas
numa praça pública em Pirapora.
Sobre a Feira: fluiu como o rio. tudo nesta banda do norte
de Minas parece obedecer
a esse movimento.
2) Na ocasião, lancei Escorre,
meu primeiro livro artesanal. De poemas.
Sobre Escorre:
a) imprimi-o em casa, após pragas rogadas à impressora.
embora eu não tenha olhado o horóscopo à época, tenho certeza de que vivia um
inferno astral tecnológico.
b) o adjetivo ar-te-sa-nal para um livro de poemas meu não
poderia soar mais apropriado;
c) o primeiro plano era imprimir trinta cópias; após a
primeira praga, reduzi para vinte; minha lentidão tão típica para lidar com
tudo fez esse número cair para uma tiragem real de catorze cópias. mas a
divulgação, ainda otimista, alardeou: serão vinte;
d) controlar todo o processo de produção de um livro, desde
as batalhas com o Word até as dedicatórias, me fez sentir capaz de algo;
e) troquei-o por: outros livros de outros poetas; uma aula
de yoga (e o consequente repisar a grama); dois livros de mangás; um combo de
colagens incríveis; o desejo de que a Feira aconteça em bairros de periferia;
f) nunca imaginei, quando abandonei o curso de direito, que
trocaria poemas meus sentado no chão de uma praça. mas a vida insiste em nos
fazer melhor. e o melhor tem sido ser múltiplos. alternar-me e continuar me
pertencendo, sob diferentes faces.
g) é um livro minimalista.
3) De repercussão, há este comentário
generoso do Rafael Oliveira, membro do Clube Literário Tamboril, sobre os dois
tópicos acima; e alguns outros abraços.
Sobre Rafael: é meu primo. também o chamo de Rei de Ouros.
4) Contudo, fotos serão mais contundentes.
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