Entrevistar Adelinho foi muito fácil. A começar pela permissão
íntima de se usar o nome no diminutivo; fácil também pelo ambiente
confortável de sua casa, pelo vento de março que agitava as árvores
da rua e abraçava nossa conversa, pela generosidade com que ele
interrompia a entrevista para oferecer suco, cerveja, vinho, qualquer
carinho que o valha. Sobretudo fácil, porque todas as perguntas
foram respondidas antes mesmo de terem sido feitas. Bastava ouvir. E
ouvir, quando o emissor é um exímio contador de histórias, que
prolonga ou encurta palavras no momento certo, aumenta ou diminui a
entonação da voz no intuito de ênfase, pausa, sabe o peso que cada
palavra tem, enfim, ouvir nesse caso é fácil, muito fácil.
(trecho de entrevista produzida por Davi e por mim para O Salto. leia-a na íntegra clicando na foto abaixo. divirta-se.)
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