A escrita se
tornou uma procura desesperada pelo sentido das coisas. Mas não encontro nada.
Escrever se tornou um vício, ou um remédio, ou uma droga que me leva a um lugar
diferente dentro de mim. Um lugar onde me encontro, negando-me. E, às vezes, me
sinto bem por escrever, me sinto útil, grandinho. E faço planos de lançar um
livro. E penso em fazer parte de uma biblioteca. E penso que um dia virarei poeira,
esquecido em páginas. Até que alguém me ache, e me redescubra na minha escrita,
e me aponte verdades que até eu desconheça, pois não conheço verdade
alguma.
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