Cruzamos 2022.
Me acompanharam, nesse segundo semestre, mais 4 crônicas publicadas na Revista Mormaço.
Um monte de coisas me passa pela cabeça com essa história de publicar crônicas, mas ainda não consegui organizar essas ideias todas. Então, por enquanto, elas se seguem.
"Ele partiu" é o retrato da partida de um amigo. Ele se mudou para Paris. Como dizem uns versos do Ismar Tirelli Neto, Perdi para Paris/ mais amigos do que/ tenho dedos, embora Otávio tenha sido o primeiro.
"Hora morta" surgiu a partir de frases soltas na minha cabeça, que chegaram até mim no horário pós-trabalho, quando, pela exaustão, me sinto incapaz de pensar ou articular qualquer coisa. Apesar disso, essas frases ficavam piscando como um letreiro, fonte branca sobre fundo preto, e decidi registrá-las - uma forma de ouvir o tempo? O que penso quando não penso em nada?
“O eremita” é uma carta de tarô, uma alucinação que tive com o sol, um homem velho caminhando sozinho pelo deserto escuro, um homem velho que desapareceu, uma forma de estar no mundo.
Por fim, para acabar o ano,