Não há médicos, psicólogos, conselhos. Há música.
Em dias normais ouço tudo que gosto: Arctic Monkeys, Chico Buarque, Little Joy, Marcelo Camelo, Cazuza, Carpenters, Suede... No entanto, em dias tristes, quando me tranco dentro de mim e as lágrimas denunciam o meu estado, não há lugar para nenhuma outra banda, só cabe uma, a melhor: Los Hermanos. Obviamente também a ouço em dias felizes ou corriqueiros. Mas na melancolia, ela é única.
É impressionante o poder que os Hermanos têm de me cicatrizar. E o quão terapêutica é a voz arrastada do Amarante e os seus versos cheios de sutilezas, perguntando-me:
“E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria?”
(O velho e o moço)
Sem falar nas belas canções do Camelo, que especialmente nos últimos dias deram voz e acordes a tudo que sentia, às conclusões as quais cheguei:
“E ao amanhã a gente não diz”
(Pois é)
“Se existe Deus em agonia
Manda essa cavalaria
Que hoje a fé me abandonou”.
(O pouco que sobrou)
“O mundo todo é hostil.”
(De onde vem a calma)
“Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
Não vou ceder.”
(De onde vem a calma)
(...)
Ás vezes eu só deito na cama, coloco o último CD (4) e deixo que as letras e arranjos façam o seu trabalho. Após ouvi-lo por algumas vezes, levanto bem, pronto pra outra. Funciona com o stress, o desespero, o cansaço. Funcionou essa semana mais uma vez e funcionará de novo, quando necessário. É o meu remédio. Com ele, tudo fica melhor.
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