“Como qualquer um
pode lhe dizer, não sou um homem muito bom. Não sei que palavra usar para me
definir. Sempre admirei o vilão, o fora da lei, o filho da puta. Não gosto dos
garotos bem-barbeados com gravatas e bons empregos. Gosto dos homens
desesperados, homens com dentes rotos e mentes arruinadas e caminhos perdidos.
São os que me interessam. Sempre cheios de surpresas e explosões. Também gosto
de mulheres vis, cadelas bêbadas que não param de reclamar, que usam
meias-calças grandes demais e maquiagens borradas. Estou mais interessado em
pervertidos do que em santos. Posso relaxar com os imprestáveis, porque sou um
imprestável. Não gosto de leis, morais, religiões, regras. Não gosto de ser
moldado pela sociedade.”
(Charles Bukowski, Ao sul de lugar nenhum, conto Colhões, L&M Pocket, página 145.)
Buk sempre genial
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