A rua continua a mesma. E as árvores em seus lugares.
Escrevo para conhecer outras avenidas, outros pastos, outras paisagens. Escrevo
para abandonar (mesmo que por poucos instantes) a rua que ainda é a mesma. Onde
fui feliz. Onde brinquei quando menino. E já era meia-noite, e minha avó
chamava, e eu, ignorando, brincava. Hoje, há silêncio. E eu escrevo. A rua.
Ainda é a mesma? Eu. Ainda sou o mesmo? O que muda, eu ou a rua?
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