“Não percebemos. O rio se curva a beber a árvore
e a árvore se curva com a turbulência do rio.
Não percebemos. A terra tem unhas para nos cavar.
Não percebemos. A lâmpada soluça
o burburinho dos insetos.
Não percebemos. O musgo converte
a pedra em pão. Não percebemos.
As uvas ressuscitaram antes dos homens.
Estamos atolados com o que não existe.”
(Carpinejar, em Cinco
Marias)
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