“Lembrei que Rômulo
também estava morto e comecei a chorar tão sentida que se viu obrigada a
esquecer seus mortos para me consolar. Disse que não há morte definitiva, nem
sequer para ela, uma materialista. Que morte e vida se integram e se completam
tão perfeitas como um círculo e por isso meu irmão continuava vivo: a vida
precisa da morte para viver, “não sei explicar, entende?” Explicou.”
Lygia Fagundes
Telles, As meninas, 1973
Nenhum comentário:
Postar um comentário