terça-feira, 19 de janeiro de 2016

“Lembrei que Rômulo também estava morto e comecei a chorar tão sentida que se viu obrigada a esquecer seus mortos para me consolar. Disse que não há morte definitiva, nem sequer para ela, uma materialista. Que morte e vida se integram e se completam tão perfeitas como um círculo e por isso meu irmão continuava vivo: a vida precisa da morte para viver, “não sei explicar, entende?” Explicou.”


Lygia Fagundes Telles, As meninas, 1973

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