quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

adeus, 2015 ou: podem desabar!

“Afasta-se a passos largos e, pelo jeito de balançar a cabeça, imagino que está sorrindo. Atravessa o jardim como um soldado em dia de desfile, a mochila ao lado, as meias desabando, podem desabar! toque-toque, toque-toque. Abriu o portão com um gesto desabrido, heroico, gesto de quem assume não o seu caminho, prosaico demais, imagine, mas o próprio destino.”


Lygia Fagundes Telles, As meninas, 1973

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